Microcrustáceo de água doce, com cerca de 1,5 mm de comprimento, vulgarmente designado por pulga-de-água devido aos movimentos específicos das segundas antenas que lhe dão a aparência de se deslocar em pequenos saltos.
Muito usada em bioensaios toxicológicos, nomeadamente nos testes reqyueridos pela legislação nacional e europeia para a avaliação de ecotoxicológica de novos agentes químicos, de efluentes urbanos e industriais, e de ecossistemas de água doce.
Por essa razão, decidimos utlizá-la em ensaios de ecotoxicidade, para averiguar a toxicidade dos PCBs, através da mortalidade da Daphnia magna.
Realizou-se dois ensaios de ecotoxicidade, cada um com a duração de 3 dias (72h).
Procedimento
Devidamente protegidas com luvas retirou -se, com uma pipeta de 1mL, 5 Daphnias magna do meio de cultura e, introduziu -se em cada concentração de PCBs essa quantidade de material biológico. Contabilizou-se o tempo que em cada concentração de PCBs, demoraram a morrer. Registou-se os resultados obtidos, sendo assim possível calcular a taxa de mortalidade.
Resultados
Testes de Toxicidade com o modelo biológico Daphnia magna
De seguida, apresentamos uma tabela que esquematiza os resultados obtidos nos estes de toxicidade com a Daphnia magna. Os testes tiveram a duração de 3 dias, daí os resultados reflectirem a evolução dos acontecimentos desse período de tempo.
Tabela 1: Resultados obtidos no Ensaio I
Legenda: TM: Taxa de mortalidade
Ensaio II
Tabela 1: Resultados obtidos no Ensaio II
Legenda: TM: Taxa de mortalidade
Ecotoxicidade em Daphnia magna
Nos dois ensaios que se realizou, o tempo estimado para a morte da Daphnia m., foi de 72h. No primeiro ensaio, na primeira concentração, a mais baixa, 1µm, não morreram ao fim dos 3 dias. Na seguinte concentração, 10µm apenas uma morta. Na 30µm, a concentração intermédia, encontravam -se todas mortas, ao fim das 72h. Na última concentração, 100µm a mais elevada, morreram logo no primeiro dia. Na solução de água, as 5 Daphnias magna estavam vivas, como era esperado.
Na primeira concentração, 1µm, a taxa de mortalidade é nula. Na seguinte, 10µm, a taxa de mortalidade é de 20%. 30µm, a concentração intermédia, a taxa de mortalidade é de 100% tal como na última concentração, 100µm, a mais elevada. Há que realçar que, na concentração intermédia, as pulgas -de -água demoraram mais tempo a morrer, enquanto que, na última concentração, morreram logo no primeiro dia. Na solução de água, a mortalidade é 0%, tal como previsto.
No segundo ensaio efectuado nas mesmas condições do anterior, e comparativamente com esse, os resultados foram semelhantes.
Na primeira concentração, 1µm, ao fim dos três dias, apenas uma Daphnia m. morta. Na seguinte concentração, 10µm, duas pulgas -de -água mortas. Cinco Daphnias m. mortas na concentração intermédia de 30µm. De igual modo, na última concentração, a mais elevada de entre todas, a 100µm, também as 5 Daphnias morreram.
Em termos percentuais, na primeira concentração, a taxa de mortalidade é de 20%. Na 10µm, a taxa de mortalidade é de 40%. Analogamente com o ensaio I, na penúltima e na última concentração, isto é, na concentração intermédia 30µm e na mais elevada 100µm, a taxa de mortalidade é a mesma, ou seja, é de 100%. No entanto, na concentração intermédia demoraram mais tempo a morrer enquanto que, na concentração de 100µm, demoraram apenas algumas horas.
Na solução de água nenhuma Daphnia magna morreu, logo a taxa de mortalidade é nula.
Podemos assim concluir que a actividade laboratorial premitiu -nos averiguar e provar o quanto os PCBs são tóxicos, atrvés da mortalidade do modelo biológico Daphnia magna.
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