Drosophila melanogaster,mais conhecida por mosca da fruta ou mosca do vinagre, ou ainda a nível internacional por fruit fly, é considerada um modelo biológico laboratorial, devido aos trabalhos realizados por Thomas Hunt Morgan, zoólogo e investigador norte-americano nascido em 1866, no Kentucky, e falecido em 1945, na Califórnia. Foi laureado com o Prémio Nobel da Fisiologia e da Medicina em 1933, por ter provado que os genes estão ligados em série nos cromossomas e que são responsáveis pelas características hereditárias.
Graças aos trabalhos de Morgan, a genética moderna desenvolveu -se, na medida em que, aprendeu-se a mapear os cromossomas, a medir os efeitos das radiações ionizantes sobre os mesmos e a identificar mutações cromossómicas.
Drosophila melanogaster apresenta, assim diversas vantagens na sua utilização em laboratório, que tais como:
- As fêmeas são muito fecundas (cada fêmea é capaz de produzir cerca de 200 a 300 descendentes);
- Fácil cultivo em laboratório;
- Ciclo de vida curto;
- Produz grande descendência;
- Apresenta dimorfismo sexual, sendo fácil a distinção dos sexos;
- As culturas ocupam pouco espaço;
- Fácil manuseamento e observação;
- Reduzido número de cromossomas-8 cromossomas = 4 pares;
- Apresenta um grande número de mutantes.
No que respeita ao ciclo de vida da Drosophila é fundamental referir que este depende das condições laboratoriais, como a temperatura e/ou o estado do seu meio e da sua papa, no entanto, o tempo médio de vida é de 26 dias para as fêmeas e 33 dias para os machos.
Fig.1 Ciclo de vida da Drosophila melanogaster
A Drosophila possui 4 pares de cromossomas, sendo três pares de autossomas e um par de cromossomas sexuais.
Para além dos 4 pares de cromossomas, este organismo possui outro tipo de cromossomas: cromossomas politénicos.
Estes têm como principal função produzir grandes quantidades de uma cutícula que envolve a larva. Para isso são necessárias múltiplas cópias de cadeias de DNA capazes de uma grande produção de proteínas necessárias à formação da cutícula.
Mas atenção, porque a dissecação das glândulas salivares, a remoção dos cromossomas politénicos e posterior visualização no microscópio óptico é um processo complexo, sendo necessário muita perícia, para além do material exigido.
Fig.2- Cromossomas politénicos
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