Introdução de PCBs no papa da Drosophila melanogaster e posterior observação
Ensaio II
8 de Abril ‘09
Tempo estimado: aproximadamente 12 dias
Relativamente a este segundo ensaio, utilzámos quatro concentrações:
10µm
30µm
100µm
1148µm
O procedimento desta actividade foi semelhante ao ensaio I.
Resultados/Observações
16 e 17 e Abril ´09 -Análise das deformações (mutações)
[C] 10µm e [C] 100µm
Neste segundo e infelizmente último ensaio, utilizamos 4 concentrações em que pensávamos ter resultados directos, óbvios, drásticos e mais evidentes, no entanto deparamo -nos com uma situação que não estávamos nada à espera. Segundo os nossos conhecimentos e pouca experiência, pensávamos que ao aumentarmos a concentração, as deformações físicas aumentariam drasticamente, levando mesmo o modelo biológico em causa, à morte. Porém, este raciocínio não veio a acontecer. Ao analisarmos a [C] 10µm, verificamos que de 35 indivíduos apenas 2 tinham algumas deformações, o que pode acontecer devido a diversas razões, como por exemplo terem as asas coladas devido à papa. Nós tentamos separa -las com o auxílio da agulha mas sem resultado. Desta forma, podemos afirmar que nesta concentração a acção dos PCBs não é muito evidente. Na concentração seguinte, 30µm encontramos uma situação que não estávamos à espera. Nesta concentração, tivemos 11 indivíduos com deformações físicas, o que realmente pode provar que esta concentração, apesar de ser intermédia de entre todas, é a mais drástica, a mais agressiva e a que provoca mais alterações físicas. Estas caracterizam-se por asas partidas, coladas, atrofiadas e um arrastamento das patas posteriores. Estas deformações levam a uma morte precoce. Na concentração 100µm, o panorama é semelhante ao da 10µm, o que nos leva a pensar que fisicamente nas Drosophilas estas concentrações não se manifestam.
Finalmente, na 1148µm, a concentração que utilizámos apenas uma vez, podemos verificar que as deformações induzidas nas Drosophilas são o esperado, ou seja, asas partidas, dobradas, pontiagudas e atrofiadas. Segundo os nossos estudos e a nossa experiência e também o censo comum, pensávamos ingenuamente que ao aumentar a concentração, as deformações aumentariam, levando mesmo à morte. No entanto, isto não se verificou. Como se pode ver nos resultados obtidos, na primeira concentração e na 100µm, as deformações só se verificaram em apenas dois indivíduos o que não prova nada. Na última concentração, apenas 4 Drosophilas ficaram afectadas fisicamente. Mas na concentração intermédia-30µm encontramos 13 indivíduos com deformações físicas, que em percentagem representa 37% de indivíduos deformados. Estas alterações são asas coladas, pontiagudas, partidas, atrofiadas e dificuldades na locomoção, o que leva à morte. Assim, podemos afirmar que à medida que aumentamos a concentração de PCBs, as deformações não tendem a aumentar, mas sim a diminuir. Então, a concentração intermédia é a responsável pelas deformações. Não percebemos o porque desta situação, mas ao comparar com situações relacionadas com ciclos, por exemplo, o ciclo menstrual da mulher, podemos entender que são pequenas coisas que provocam grandes atrasados e/ou irregularidades. No caso das Drosophilas expostas à concentração intermédia, sabemos que são afectadas de uma forma mais agressiva comparativamente quando são expostas às outras concentrações.